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Um trabalho autoral e independente no formato Jornalismo em Quadrinhos

Acompanho a carreira de grandes quadrinistas que desenvolvem seu trabalho de Jornalismo em Quadrinhos. Artistas como o maltês Joe Sacco, a canadense Kate Evans e o brasileiro Alexandre de Maio. Esses artistas informam, explicam e auxiliam na construção de um mundo mais justo e bem informado.

Como roraimense, estou posicionado geograficamente no centro daquele que talvez seja o maior e mais intenso fluxo migratório da região, consequência lógica da fome, maus tratos, falta de esperança dos irmãos venezuelanos que chegam às centenas, ao Estado mais pobre do Brasil, desde 2015.

Observando, diuturnamente, esse drama da vida humana, em sua luta diária pela sobrevivência, foi inevitável não pensar em um trabalho em quadrinhos para registrar esse capítulo da história mas, que acima de tudo, pudesse ajudar as pessoas a compreender este difícil momento em nossas vidas, venezuelanos e brasileiros.

Assim, dois anos atrás, “aquela” voz interior começou a me questionar a razão pela qual eu não havia ainda assumido a responsabilidade de contar essa história? Com isso em mente, comecei a amadurecer a ideia, conversando com amigos, familiares, interagindo com vários migrantes venezuelanos e, no início de 2019, resolvi tirar a ideia da cabeça e materializá-la no trabalho que hoje lhe apresento.

Esse projeto, totalmente independente, ocupou meses de trabalho, horas de descanso que foram substituídas pelo sonho de escrever, desenhar e contribuir com uma reportagem em quadrinhos, que retratasse a realidade desse fenômeno migratório e suas consequências na sociedade roraimense, a partir da visão de um local.